Bandeiras e Brasões

Brasões e Bandeiras

Após falar dos brasões das famílias, hoje vou falar sobre a criação das bandeiras e dos brasões dos reinos e de suas capitais. Este é o post que eu disse que tinha que ter vindo antes do post anterior mas que eu resolvi inverter a ordem. E vocês já saberão o porque em breve.

Arlon & Erdan: Impossível falar de um sem falar de outro e, sendo assim, falarei dos dois ao mesmo tempo. Arlon tem o único brasão descrito em “O Retorno” e, ainda assim, mal e porcamente: eu apenas falo que é dividido em quatro campos, reunindo o azul da rainha com o vermelho e branco do rei e com a rosa da rainha no campo superior direito do brasão.

Na hora de passa-lo para o papel, bem, aí foi mais complicado. De cara eu havia decido que o brasão dos Fornorimar (a família do rei) seria uma fortaleza amarela e decidi que ela e a rosa da rainha ficariam em diagonal e ambos sob campos azuis.

Restava então o vermelho e branco do rei. No desenho original, em menores dimensões e com pior resolução gráfica, eu coloquei os dois campos restantes como brancos com uma borda vermelha e, aparentemente ficara bom.

Feito o brasão de Arlon, decidi bolar o de Erdan. Se o de Arlon era dividido em quatro campos, o de Erdan seria dividido em dois. Se o de Arlon era azul, vermelho e branco, decidi que o de Erdan seria verde, vermelho e branco, com o verde fazendo referencia à fertilidade das terras do reino. E assim o brasão de Erdan ficou sendo um brasão dividido em dois onde a metade esquerda (de quem olha) era verde, lisa e a outra branca com uma borda vermelha (como em Arlon) com o castelo dourado do rei no centro.

Algum tempo se passou, lancei o livro, comecei a bolar o site e resolvi refazer o brasão usando imagens heráldicas vetoriais que eu achara na internet.

Quando eu refiz o brasão de Arlon, de cara o campo branco com borda vermelha não me agradou muito mas eu resolvi manter. Agora, quando refiz o de Erdan, bem, com o perdão da má palavra, ficou uma merda. E resolvi, por falta de idéia melhor, que ele passaria a ser meio verde, meio vermelho, sem branco.

Um pouco frustado com os brasões, resolvi desenhar as bandeiras para me distrair. Enquanto eu nao conseguia chegar à um formato definitivo para a bandeira de Arlon, a de Erdan foi simples: uma bandeira com três listras, a superior verde, a do meio branca e a inferior vermelha, num tom mais escuro que o do brasão , onde o verde representaria a prosperidade, o branco a paz e o vermelho escuro o sangue que precisou ser derramado para alcançar os dois primeiros. Desenhado tudo, olhei e pensei: “pqp, ta parecendo a bandeira da Hungria” mas, como eu gosto da bandeira húngara, mantive o desenho e passei a me ocupar dos brasões e da bandeira de Arlon.

Acontece que, pesquisando por idéias na internet, não me lembro por que, eu abri uma imagem do brasão da Hungria e um estalo me ocorreu. Em vez do campo branco com borda vermelha ou do campo todo vermelho, porque não usar um campo listrado vermelho e branco? E antes que me perguntem, o brasão da Hungria é dividido em dois campos verticais onde o campo da direita do brasão é vermelho e branco listrado e o da esquerda vermelho com colinas verdes na base e uma cruz branca fincada no topo destas.

Para não ficar uma copia total, mantive o campo verde todo verde e à direita do brasão de Erdan e o campo listrado à esquerda com o castelo no centro.

Apliquei o padrão listrado no brasão de Arlon e esse ficou igualmente bom. Tendo aprontado os dois brasões e a bandeira de Erdan, faltava apenas a bandeira de Arlon. E, acreditem, não foi fácil.

Eu fiz 12 modelos de bandeira antes de escolher um, com a ajuda do meu irmão e do meu amigo e colaborador Nikolas. Tentei padrões de listras diagonais, cruzes centrais (como a da bandeira inglesa), cruzes nórdicas (como a da bandeira sueca) usei vermelho e branco, vermelho, azul e branco e até vermelho, branco e amarelo e nada.

Por fim, pensei: “Se Erdan é a Hungria, por que não Arlon ser a Áustria?” Desenhei uma bandeira com três listras horizontais iguais, duas vermelhas e uma branca, onde as vermelhas representariam as montanhas que cercam o reino e a branca o vale onde o reino fica e, dentro do campo da “homenagem ao antigo reino do sul de onde veio a rainha” acrescentei duas finas faixas azuis separando as faixas vermelhas da branca.

Reino Alado: para contrastar com o vermelho e branco abundante em Erdan e Arlon, de cara decidi que as cores do Reino Alado seriam o verde e o amarelo.

O brasão da capital alada tem uma concepção simples: uma águia dourada (que representa o povo) surgindo de trás de colinas verdes (que representam as montanhas onde se situa o reino) e uma coroa aos pés da águia, representando o poder real.

A bandeira foi mais simples ainda mas me agradou profundamente e é até hoje uma das minhas favoritas: uma águia dourada, no estilo usado pelas legiões romanas num fundo verde com uma borda dourada. Simples mas funcional, não?

Griffia: para o reino dos bravos anões cavaleiros de grifos, escolhi as cores cinza e amarelo, uma combinação não usual, com o cinza representando as rochas da cordilheira central (onde fica o reino) e o amarelo a riqueza extraída desta.

O brasão da capital, Tilania, é dividido em quatro campos, dois cinzas e dois amarelos, onde, nos campos cinzas, se vê dois machados dourados cruzados e, em cada um dos amarelos, um grifo cinza.

A bandeira de Griffia é simples: dividida em dois campos verticais, um cinza e um amarelo, com um grifo em cada campo, na cor do campo oposto e encarando o outro grifo. De todas é a que menos me agrada mas, por outro lado, não consegui pensar em nada diferente.

Reino das Montanhas Negras: o outro reino dos anões. Para este escolhi as cores negra (referencia obvia ao local onde ele fica) e dourado, como símbolo de prosperidade.

Assim como na maioria dos casos, primeiro eu criei o brasão, no caso, da capital, a cidade subterrânea de Negrurian. O brasão é dividido em uma área dourada, inferior e uma negra, superior, na proporção 2:1, com a diferença de que, em vez de fazer uma linha reta separando as duas cores, optei por fazer um denteado, como se houvessem montes dourados penetrando o negro ou estalactites negras penetrando o dourado. E a idéia desse desenho é dupla, com a linha denteada representado tanto a fortuna acumulada pelos anões sob os seus tetos de rocha negra quanto as estalactites que descem do teto.

Na faixa negra optei por pôr duas ferramentas douradas cruzadas, representando o trabalho anão e, na dourada, optei por pôr uma roda dentada negra, representando a engenharia anã.

A bandeira é simples mas como eu imagino os anões das montanhas negras como um povo simples, combina com eles. Ela é toda negra, com borda dourada e as mesmas ferramentas presentes na faixa negra do brasão de Negrurian.

Acho que por hoje é só leitor. E sim, desta vez não coloquei links para os brasões, mas por um bom motivo: se fores na barra do topo do blog e apertares em “Extras”, surgirá varias opções, dentre elas “Bandeiras” e “Heráldica” onde poderás ver os brasões dos quais falei aqui.

Até um outro dia!

Ps: se quiseres perguntar algo ou comentar qualquer coisa, é só escrever aqui embaixo!